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Como anda a sua conexão com o seu corpo?

Como anda a sua conexão com o seu corpo?

Abaixo vai um texto lindo, que vale a pena ser compartilhado, sempre com os devidos créditos!

Aproveitem...

Sabe este corpo?

Este mesmo. Este corpo que me abriga. Ele é mais do que um espaço, mais do que uma máquina, ele é meu templo.

A minha pele, as cicatrizes, os arranhões, os roxos, as estrias a celulite, os pêlos, os cabelos, as unhas roídas, as tatuagens, são todos meus. Todas minhas. Eu sou toda minha...

Mas não me fiz sozinha.

Por favor, não chame de "defeitinhos", nem mesmo se você gostar desses "defeitinhos". Eles não são defeitos. São partes da minha geografia, da minha biologia e da minha história.

Meu peito pequeno, meus quadris largos, meus braços e minha barriga não são desproporcionais. São lembranças genéticas das minhas avós, das minhas ancestrais. São partes de quem fui sendo elas e quem elas são em mim, mesmo não estando mais aqui.

Acima do peso? Qual peso? Acima de quem? Quem é que pode julgar o templo alheio com tanta frieza e crueldade? Bateste na porta para pedir permissão?

Este templo é digno de respeito como todos os templos e todos os corpos. Eles abrigam nossos rins, fígado, pulmão, coração e cérebro. É dele a nossa boca, olhos, ouvidos e alma. Nosso consciente e inconsciente. Nossa língua. Nossos dentes.

E cada um de nós deixa um rastro no templo, na historia, biologia e geografia do outro.

Então, vamos combinar uma coisa?

O meu templo é um apanhado de vida e de experiências, onde residem minhas dores e desejos, meus traumas e meus medos, assim como meus prazeres e êxitos. Portanto, se um dia eu confiar meu templo a ti, seja como for e na relação que couber, receba com o respeito que ele merece e não com o julgamento que ele não precisa.

Meu templo é lindo.

É lindo hoje, foi lindo ontem e será lindo amanhã. Independente de idade ou tamanho, independente das marcas. Meu templo é lindo. É lindo por que é a minha história, minha geografia e minha biologia e eu tenho orgulho dele.

RESPEITE! (Texto de: Ana Paula D'amorim)


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